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Criptografia: como é aplicada na assinatura digital

por Rafael Godinho
publicado em 24 de setembro de 2021

A assinatura digital é a técnica mais segura para garantir a integridade, autenticidade e não-repúdio de documentos eletrônicos. Essa tecnologia utiliza criptografia e requer um certificado digital para confirmar a identidade dos signatários, o que permite atribuir a um arquivo eletrônico a mesma validade jurídica de um documento autenticado em cartório. 

Mas você sabe quais sistemas criptográficos são aplicados numa assinatura digital? Continue acompanhando o texto e descubra!

Criptografia: sistemas aplicados na assinatura digital

Os algoritmos de criptografia foram desenvolvidos para garantir o acesso rápido a dados eletrônicos e evitar alteração ou compartilhamento indevidos. Dessa forma, os envolvidos na troca digital podem ter certeza de que estão acessando informações legítimas.

A assinatura digital funciona como uma assinatura pessoal ou jurídica no mundo virtual e é considerada altamente segura porque são aplicados sistemas criptográficos em sua geração. Essa segurança é matematicamente comprovável. 

Veja, a seguir, quais tecnologias e sistemas estão envolvidos no processo de criação de uma assinatura digital.

Resumo criptográfico

Implementada a partir das funções de hash, essa técnica proporciona mais agilidade e velocidade aos processos de criptografia da assinatura digital de documentos. Isso acontece porque o algoritmo transforma os dados de qualquer tamanho em um identificador digital de tamanho fixo — hash value — que funciona como uma impressão digital. Se o destinatário identificar alguma alteração nesse valor, isso significa que o arquivo foi adulterado.

As funções de hash podem ser usadas para validar downloads de arquivos muito grandes, criar certificados digitais e assinar documentos com mais agilidade.

Criptografia assimétrica

Esse é um método que utiliza duas chaves -- uma pública e uma privada -- para codificar e proteger o conteúdo do documento. Ambas as chaves são geradas de forma aleatória por funções matemáticas de alta complexidade. O arquivo é assinado com uma chave privada pelo remetente, que enviará ao destinatário uma chave pública correspondente -- na forma de um certificado digital --, para que com ela seja possível verificar a validade da assinatura.

Dito em outras palavras, as duas chaves são geradas pelo remetente, mas apenas a pública é compartilhada com o receptor. Portanto, não é possível autenticar a assinatura digital se a chave privada não for incluída no momento de gerar a assinatura.

Certificado digital

Recursos criptográficos são usados em diferentes momentos da geração de uma assinatura digital, inclusive na autenticação do certificado digital, solução fundamental para sua realização. 

O certificado é um arquivo digital que contém dados pessoais ou jurídicos protegidos por criptografia complexa e com prazo de validade pré-determinado. Ele contém a chave pública, fazendo a ligação dos dados pessoais do titular com essa chave. 

Essa tecnologia identifica cada signatário de forma inequívoca, mesmo a distância.

No Brasil, um certificado digital pode ser emitido por uma Autoridade Certificadora (AC) vinculada à ICP-Brasil — Infraestrutura de Chaves Públicas no Brasil — ou também pelas próprias empresas, através de uma Autoridade Certificadora Corporativa, para conferir segurança e validade jurídica a processos internos.

Como é gerada a assinatura digital

Para gerar uma assinatura digital é preciso contar com um software para vincular os elementos criptográficos do certificado digital aos documentos que serão assinados. 

Veja como a assinatura é gerada:

  1. Após fazer upload do documento, a função hash é aplicada para criar um identificador de tamanho fixo do conteúdo a ser assinado.
  2. Sobre o identificador é gerada a assinatura digital com uso da chave privada do usuário.
  3. É criado um pacote assinado com o documento, assinatura e certificado digital do signatário.

Para verificar a validade do documento, o destinatário deve aplicar a chave pública contida no certificado digital para descriptografar a assinatura. Com isso, obterá o hash que foi assinado. Por fim, calcula-se novamente o hash do documento recebido e, se ambos coincidirem, estará comprovado que a assinatura é válida e não houve qualquer alteração no documento.  É fundamental ainda verificar a confiabilidade e validade do certificado utilizado na assinatura. 

Como criar um sistema de assinatura digital confiável

A maneira mais eficiente de desenvolver um sistema de assinatura digital confiável é utilizar APIs, pois são interfaces que facilitam o uso de diversos sistemas e aplicações.

Ao usar uma API de Assinatura Digital, os colaboradores da sua empresa têm acesso a uma plataforma completa de serviços para geração e verificação de assinaturas, o que traz mais segurança e dinamismo ao processo.

Já uma API de Certificado em Nuvem permite gerar, armazenar e controlar certificados de forma segura e ágil. Por fim, para garantir a conservação da validade por longo tempo e o registro exato e confiável de data e horário da criação de documentos, é interessante contar com uma API de Carimbo do Tempo. Assim, você cria carimbos de acordo com as normas da ICP-Brasil.

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