Tornar o ambiente de trabalho mais eficiente e protegido e aumentar seu retorno sobre investimento são algumas das vantagens do compliance digital.
Apesar de ser associado às normas regulatórias — como ao Marco Civil da Internet e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) —, este conceito também abrange outras práticas não estabelecidas em lei, mas que são fundamentais para uma completa mitigação de riscos.
Neste artigo, entenda a importância do compliance digital para o meio corporativo, saiba o que fazer para estruturá-lo na sua empresa e quais tecnologias podem ajudá-lo nesse processo.
O substantivo “compliance” advém do verbo inglês to comply — agir de acordo, cumprir, obedecer.
No meio corporativo, se refere ao estado de estar de acordo com as diretrizes e especificações estabelecidas por leis, normas, políticas e procedimentos de uma organização ou segmento. O conceito passou a ser adotado na década de 1960, quando a legislação estadunidense definiu normas e leis anticorrupção.
Portanto, considerando o atual contexto de crescimento da digitalização nas empresas como estratégia para garantir a eficiência e sustentabilidade de seus negócios, o termo compliance digital diz respeito a agir de acordo com regras aplicáveis ao ambiente virtual, isto é, à adoção de processos e técnicas de segurança digital que evitem fraudes, vazamento de dados e outras situações de risco.
Empresas que desejam ampliar seus negócios e aumentar a credibilidade junto a investidores, precisam tratar adequadamente as informações pessoais e sigilosas sob seu domínio. No Brasil, isso significa atender às disposições da LGPD — Lei nº 13.709.
A LGPD não permite, por exemplo, o uso de dados para uma finalidade que não seja aquela do seu fornecimento, a cessão ou venda de informações de clientes para terceiros, e a utilização de dados pessoais de menores de idade sem a autorização de um dos responsáveis.
Ao atender a legislação, as organizações evitam multas — que podem chegar a 2% do faturamento — e até bloqueios de suas plataformas digitais.
Leia também: 3 etapas para adequar sua empresa à Lei Geral de Proteção de dados (LGPD)
No entanto, é preciso dar atenção ao compliance digital para não colocar em risco os seus negócios — e não apenas para livrar-se de punições e ações judiciais.
Veja quais são as principais vantagens da adequação:
Cada negócio possui suas particularidades e nível de maturidade digital, por isso não existe um programa de compliance digital único. No entanto, algumas etapas gerais — que podem nortear sub-etapas ou fases específicas para sua empresa — devem fazer parte de todos os programas.
Leia também: Segurança da informação: 5 dicas para desenvolver sistemas mais confiáveis
Não há como estruturar um programa de compliance digital sem o investimento em tecnologia. Afinal, hoje a maioria das documentações tramitam em ambiente virtual.
É preciso, portanto, contar com soluções inteligentes, eficientes e escalonáveis para monitorar e otimizar suas atividades, bem como aumentar a produtividade, reduzir custos e garantir a validade jurídica de processos e documentos.
Três tecnologias não podem deixar de fazer parte do seu portfólio